a- A biografia (vida) do Barão de Mauá

O Barão de Mauá (1813-1889) nasceu em Arroio Grande no Rio Grande do Sul em 28 de dezembro de 1813. Filho do fazendeiro João Evangelista de Ávila e Sousa e Maria de Jesus Batista de Carvalho, ficou órfão de pai aos oito anos de idade, sendo entregue aos cuidados de um tio, capitão da marinha mercante. É levado para São Paulo, onde fica interno num colégio de 1821 a 1823. Aos 11 anos emprega-se como balconista de uma loja de tecidos. Em 1824 vai trabalhar como caixeiro da Companhia Inglesa Carruthers, especializada em importação onde o proprietário Ricardo Carruthers lhe ensinou inglês, contabilidade e a arte de comercializar. Aos 23 anos torna-se sócio gerente da empresa.
b-O industrial Barão de Mauá (suas empresas)
Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá (1813-1889), foi a primeira figura proeminente entre a burguesia industrial na história do Brasil. Seus investimentos produtivos incidiram sobre vários ramos, desde os meios de transporte até a constituição de um banco, evidenciando a diversidade de ramos em que ele atuou.
Os investimentos na produção industrial naquele período da história imperial brasileira foram auxiliados pela Tarifa Alves Branco, que aumentou o imposto sobre produtos importados, estimulando a produção em território nacional e iniciando um surto de industrialização, que, embora pequeno, mostrou as potencialidades de investimento do país.O Barão de Mauá criou ainda a Companhia de Rebocadores da Barra de Rio Grande, conseguiu os direitos de tráfico no Rio Amazonas por 30 anos, e investiu em companhias de bondes no Rio de Janeiro. Barão de Mauá foi ainda um dos grandes incentivadores da implantação de ferrovias no Brasil, com o objetivo de transportar a produção agrícola do país com maior velocidade. A primeira delas foi a ferrovia Mauá, que ligava o Rio de Janeiro ao Vale do Paraíba fluminense, cuja licença para sua construção foi concedida em 1852
c-O banqueiro b.de Mauá(banco do brasil)

d-A visão empresarial do Mauá
Convivendo em uma sociedade rural e escravocrata, o contato com a mentalidade empresarial britânica que, nos meados do século XIX, gestava a segunda fase da Revolução Industrial, foi determinante para a formação do pensamento de Mauá.
O seu estilo liberal de administrar era personalíssimo para o Brasil, país acostumado à forte centralização monárquica que o Poder Moderador, expresso na Constituição de 1824, havia reafirmado.
Os seus primeiros passos como empresário foram marcados pela ousadia de projeto, apostando no emprego à tecnologia de ponta. Em toda a sua carreira preocupou-se com a correta gestão de recursos, marcada por uma administração descentralizada, onde a responsabilidade de cada indivíduo na cadeia de comando era valorizada. A sua política salarial expressava, em si própria, um investimento nos talentos de seus empregados, tendo sido pioneiro, no país, na distribuição de lucros da empresa aos funcionários. Em complemento, incentivava os seus colaboradores mais próximos a montar empresas e a fazer negócios por conta própria. O nível de gerência era contemplado com créditos e apoio logístico para operar os empreendimentos, o que combinado com a autonomia administrativa e com a participação nos lucros, permitia fazer face à maioria das dificuldades.
Desse modo, Mauá controlou oito das dez maiores empresas do país: as restantes eram o Banco do Brasil e a Estrada de Ferro Dom Pedro II, ambas empreendimentos estatais. Chegou a controlar dezessete empresas, com filiais operando em seis países. Sua fortuna em 1867, atingiu o valor de 115 mil contos de réis, enquanto o orçamento do Império do Brasil para aquele ano contava apenas com 97 mil contos de réis. Estima-se que a sua fortuna seria equivalente a 60 bilhões de dólares, nos dias de hoje.
Mauá também foi muito conhecido por suas idéias contrárias à escravidão, o que o distanciava das elites políticas do Império, o que se ressentiu indiretamente nos seus interesses comerciais. Com o passar dos anos, Mauá foi se afundando em dívidas, pois sempre que não conseguia recursos, fosse através de subscrições, ou através do apoio financeiro do governo, lançava mão das reservas de sua base de operações: o Banco Mauá & Cia.
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